Síndrome de hoje

Janeiro 30, 2011 § Deixe um comentário

 

David M Bowers

De palas colocadas,
Como animais de carga,
Rastejam os homens da contemporaneidade.
Dando lugar à calma,
Avançam para o abismo que os acolhe fraternamente.
O ar quente expelido pelas narinas cansadas,
O bafo doente das noites de espertina,
A angústia revertida em silêncio
Pela perversa indolência de quem tem voz
Mas se cala.
Homens da contemporaneidade,
Nos horizontes infinitos da nossa alma
Residem nossos antepassados.
Ainda se escutam seus bramidos
Capazes de forjar o mais forte aço.
De palas colocadas,
Como animais de carga,
Caminham os homens da contemporaneidade
Colhendo os excrementos
Dos que detêm o poder hipnótico da falsa retórica.
Pobres homens contemporâneos
Fruto da epidemia transmitida
Pela boca adormecida
Pelo pulso dormente
Pela renúncia
Daquilo que o povo foi um dia.
 

 

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